O concorrente vindo de Penafiel, de 26 anos, revelou que não foi uma altura nada fácil, pois não foi bem aceite pelos colegas da escola agrícola chegando mesmo a sofrer bullying. “Foi tanta coisa que passei já, que nem sequer ligo nada. Já nem sequer penso muito. No secundário, quando assumi mesmo, foi muito difícil. À minha família, não contei logo. Mas fui ao hospital para aí três vezes, o pessoal na escola batia-me muito”, começou por partilhar o concorrente.
“Cheguei a levar pancada de sete, de uma vez, com ferros. Tinha para aí 15 anos. Ainda por cima, não consigo bater, vinham para me bater e ficava quieto, nem fugia”, acrescentou ainda Gabriel Sousa deixando os colegas em choque com estas revelações.
O engenheiro agrónomo explicou ainda como a notícia da sua orientação sexual se espalhou pela escola naquela altura. “Contei à minha melhor amiga na altura e ela chateou-se comigo e espalhou pela escola toda. E o pessoal foi mesmo muito estúpido. A única coisa boa é que tinha um quarto só para mim, ninguém queria dormir comigo. Dormia na escola, era uma escola agrícola, no meio de uma aldeia”, disse ainda o concorrente.
O nortenho partilhou ainda com os colegas da casa que apenas no último ano do secundário decidiu fazer queixa, uma vez que sofreu as agressões mais graves dessa vez. “Fiz queixa no último ano. Da última vez que fui ao hospital, foi mesmo muito grave. Fiquei no chão desmaiado muito tempo sem me encontrarem. No hospital, contei à médica, a médica contou à minha mãe, fizemos queixa”, revelou Gabriel Sousa.
O técnico de arvoredo na Câmara Municipal do Porto fez ainda mais uma revelação chocante. “O subdiretor, uma vez, deu-me um estalo na cara, disse-me que a escola não era para gays”, rematou o concorrente.
