Uma lancha, ligada ao narcotrafico, que foi encontrada arrojada em março de 2022 na praia das Bicas, em Sesimbra, foi recuperada pela Marinha e foi este sábado projetada, por navio mercante, para São Tomé e Príncipe, onde vai reforçar o dispositivo português de cooperação e capacitação da Guarda Costeira local.

A embarcação encontrada arrojada, de construção integral em fibra de vidro e quilha reforçada, encontrava-se muito danificada mas o casco estava estruturalmente integro. Dos quatro motores fora de borda que a equipavam, dois teriam sido perdidos e os outros dois encontravam-se inoperacionais e irrecuperáveis.
 

O casco foi dado como perdido a favor do Estado e entregue, por despacho do Ministério Público, ao projeto de capacitar a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe.

A Marinha portuguesa está há mais de cinco anos nesse país do Golfo da Guiné para reforçar a segurança marítima (é a zona do Mundo com maiores riscos de pirataria e por onde passa grande parte do petróleo que abastece Portugal). 

A lancha foi recuperada pela Célula de Inovação e Experimentação Operacional de Sistemas Não Tripulados (CEOV), em parceria com o Centro de Manutenção da Autoridade Marítima Nacional (CM AMN). Além da reparação estrutural, reforço da flutuabilidade, novos motores fora de borda e baterias, por exemplo, foi ainda instalado um sistema de comunicações satélite, proteção balística e a possibilidade de ser montada uma metralhadora MG3 à proa. 

A lancha batizada de Príncipe e possui um comprimento de 12, 8 metros, 2,7 metros de boca (largura máxima), velocidade máxima de 55 nós e uma autonomia 400 milhas náuticas a 30 nós. Terá uma guarnição 10 elementos, constituída por fuzileiros portugueses e militares da Guarda Costeira de São Tomé, onde atualmente se encontra ainda o NRP Centauro.

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