Era cedo, meio escuro lá fora, Roman estava a lavar os dentes para seguir para o ginásio quando a sua mulher o chamou num soluço: “Roman, a guerra começou”, disse Aline. Ele não conseguiu reagir logo. “Fiquei bloqueado, nunca tinha tido uma experiência do género, uma onda de emoção começou a tomar conta de mim, não conseguia perceber o que me estavam a dizer”, diz Roman Stelmakh, 38 anos, que já vivia em Portugal há oito anos quando a guerra começou.

Correu para as redes sociais, onde é muito popular por causa da sua página, a WithPortugal, que ajuda com questões legais, burocracia e também oferece visitas turísticas a quem esteja a pensar a pensar vir viver para Portugal, sejam ou não ucranianos. “Tenho muitos seguidores da Rússia, pessoas de língua russa e então pensei: ‘vou já fazer um vídeo’, e fiz, onde pedia às pessoas da Rússia que me estivessem a ver para falarem com os amigos, conhecidos, com todos os que pudessem chegar às forças russas para pedir que depusessem as armas. Eu disse: ‘isto não é a vossa guerra, nós não fizemos nenhuma agressão, saiam da Ucrânia porque ninguém vai beneficiar com isto’”.

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