A DECO PROteste alertou, na quinta-feira, que a venda de imagens da íris à Worldcoin a troco de criptomoedas pode pôr em perigo a segurança de dados pessoais sensíveis e revela que o maior risco é a perda de controlo sobre os mesmos

“O maior risco que existe é a perda do controlo sobre os dados concedidos. Como a Worldcoin não revela se e de que maneira apaga os dados após a sua recolha, os titulares dos dados pessoais ficam à mercê de tudo o que a mesma possa fazer com eles“, adianta a organização de defesa do consumidor, num explicador publicado no seu site. 

Ao que indica a DECO PROteste, “se as imagens da íris e o respetivo código gerado efetivamente fossem apagados e disso houvesse provas, poucos riscos existiriam, mas o facto é que não se sabe“. 

Significa isto que, “se as imagens da íris forem vendidas a terceiros, podem mesmo ir parar às mãos criminosas, permitindo, por exemplo, o acesso a dados bancários ou a serviços de saúde“. 

A polémica em torno da Worldcoin tem surgido nas últimas semanas, depois de a empresa ter aberto vários espaços em Portugal. O que faz é recolher uma imagem da íris dos clientes em troco de dinheiro. Aqui ao lado, Espanha ordenou a suspensão da Worldcoin e em Portugal há uma “investigação ativa” a decorrer, tendo sido já fiscalizados vários locais, assegurou fonte oficial da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) ao Notícias ao Minuto

Entretanto, a Worldcoin assegurou, na quinta-feira, que está disponível para colaborar com os reguladores, assegura que a empresa tentou contactar a agência de proteção de dados espanhola, que proibiu a sua atividade em Espanha, mas denuncia a falta de respostas. 

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