“Hoje, às 14h35 (12h35 de Lisboa), um ‘drone kamikaze’ atacou uma base militar do Ministério da Defesa da República Moldava da Transnístria, no distrito de Rybnitsa, a seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia”, declarou num comunicado o ministério da segurança nacional da autoproclamada república.

“O alvo era uma estação de radar que sofreu danos menores, não houve vítimas. Uma equipa de investigadores está a trabalhar no local”, acrescentou a mesma fonte, sem acusar claramente Kyiv da autoria do ataque.

A 17 de março, a Transnístria afirmou que um ‘drone’ explosivo enviado da Ucrânia tinha atingido uma base militar na sua capital, Tiraspol, acusação rejeitada pela Moldova, que a classificou como uma tentativa de causar “pânico”.

Por seu lado, Kyiv acusou então Moscovo de ter estado por detrás de “uma provocação na Transnístria com um ataque com um ‘drone kamikaze'”.

A Rússia apoia desde a década de 1990 este território separatista da Moldova, um país pró-europeu, de língua romena, que faz fronteira com a Ucrânia e, como ela, é uma antiga república soviética. Moscovo denuncia regularmente que Kyiv e Chisinau ali estão a preparar provocações ou ataques.

As autoridades da Transnístria pediram no final de fevereiro à Rússia “medidas de proteção” perante o que descreveram como “a pressão crescente” dos moldovos.

O território separatista é vizinho da região ucraniana de Odessa, que as forças russas não conseguiram conquistar quando invadiram a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Regularmente, responsáveis russos reafirmam a ambição de tomar aquela cidade portuária ucraniana.

Uma estreita faixa de território situada entre a Moldova e a Ucrânia, a Transnístria proclamou a secessão após uma curta guerra em 1992 contra o Exército moldovo. A Rússia ainda ali mantém 1.500 militares, segundo números oficiais, para alegadamente cumprir uma missão de manutenção de paz.

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