Ricardo Morgado, do PSD, é o eurodeputado português com maior rendimento anual extra-parlamentar: 68.892 euros, de acordo com a declaração de interesses privados apresentada ao Parlamento Europeu.

Presidente da Assembleia Municipal de Lamego, Ricardo Morgado foi um dos três social-democratas a assumir o cargo em abril deste ano na sequência das saídas de Paulo Rangel, Maria da Graça Carvalho e de José Manuel Fernandes para integrarem o novo Governo.

Vasco Emanuel Vinagre Becker-Weinberg, do CDS, surge em segundo lugar com um rendimento anual de 30.800 euros, nos termos da declaração de atividades profissionais remuneradas exercidas paralelamente ao mandato de deputado e demais interesses como participação em empresas ou parcerias. Presidente do Instituto Português de Direito do Mar, Becker-Weinberg é professor na NOVA School of Law, em Lisboa, e assumiu o cargo em março de 2023 após a eleição de Nuno Melo para a Assembleia da República.

O social-democrata Carlos Coelho regista o terceiro maior rendimento extra-parlamentar: 12 mil euros.

Carlos Coelho está no Parlamento Europeu desde 1998, tendo sido eleito pela primeira vez em 1994, ano em que abandonou funções para assumir o cargo de subsecretário de Estado da Educação de Manuela Ferreira Leite no terceiro governo de Cavaco Silva.

Os economistas José Gusmão, Bloco de Esquerda, com 1.200 euros, e Lídia Pereira, PSD, 332 euros, além de Sandra Pereira, PCP, 14 euros, investigadora em linguística da Universidade de Lisboa, todos eleitos em 2019, são os demais eurodeputados portugueses com declarações de rendimentos anuais extra-parlamentares entre os 21 representantes nacionais.

Os maiores ganhos lá fora

O empresário lituano Viktor Uspaskich, fundador do partido populista Darbo Partija (Partido Trabalhista), eleito desde 2014 e envolvido em diversos processos de fraude e corrupção, apresenta o maior rendimento extra-parlamentar de todos os eurodeputados: 3 milhões de euros anuais.

O deputado independente francês Jérôme Rivière, tem o segundo maior rendimento, 220.248 euros, seguindo-se outro deputado também não incorporado em qualquer dos grupos políticos do Parlamento Europeu, o húngaro László Trócsányi, com 143.950 euros.

Dos 705 eurodeputados, 26,02% declaram rendimentos extra-parlamentares anuais, num montante médio de 47 mil euros e com o valor total de 8,7 milhões de euros, segundo um estudo das declarações individuais divulgado segunda-feira para Transparência Internacional.

O salário bruto mensal de um deputado do Parlamento Europeu é de 10.075,18 euros brutos a que correspondem 7.853,89 euros líquidos.

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