Numa mensagem a propósito do Dia da Europa, que se assinala na próxima quinta-feira, 09 de maio, o MTCE considera que “nos últimos 15 anos, a Europa tem vivido uma sucessão de crises: a crise financeira, a pandemia, a guerra na Ucrânia”, com impactos como “políticas de austeridade, especulação sobre os preços dos alimentos e da energia, inflação sem precedentes”.

“Tudo isto foi sentido de forma mais aguda pelos trabalhadores e pelas classes populares. Uma parte significativa da população europeia encontra-se abaixo do limiar de pobreza”, acrescenta o texto, sublinhando que “as políticas neoliberais, cada vez mais autoritárias, seguindo estratégias derivadas das ideias da extrema-direita, nomeadamente em matéria de segurança, estão a minar” as democracias europeias.

Para o MTCE, que em Portugal integra a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal (LOC/MTC), “seria um erro confundir a União Europeia com as políticas neoliberais que estão a ser seguidas no seu seio, e procurar rejeitar qualquer ideia de uma União Europeia”.

“Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a construção da Europa tem sido, e deve continuar a ser, uma fonte de esperança e um grande avanço para a paz e a democracia em todo o nosso continente. A nossa visão da Europa é uma visão de partilha de culturas, de valorização da riqueza da nossa diversidade, de educação para a convivência, de solidariedade como força de construção de leis de justiça social e ambiental para todos”, defende o movimento.

Na mensagem, os trabalhadores cristãos europeus citam ainda o Papa Francisco, que no Parlamento Europeu, em 25 de novembro de 2014, defendeu ter chegado o momento da abandonar a ideia de uma Europa “medrosa e voltada para o interior e de criar e promover uma Europa protagonista, portadora da ciência, da arte, da música, dos valores humanos e da fé. Uma Europa que olha para o céu e persegue ideais; uma Europa que olha para baixo, defende e protege a humanidade; uma Europa que caminha sobre a terra, sã e salva, um precioso ponto de referência para toda a humanidade”.

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