Por alguns minutos, Francisco Pinto Balsemão fez parte da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos a tocar bateria no tema “Olhos Castanhos” de Francisco José. Foi um dos momentos que marcaram a homenagem que lhe foi feita na quarta-feira, 1 de maio, pelo Teatro Experimental de Cascais (TEC).
O proprietário da Impresa, que detém o Expresso e a SIC, viu ser descerrada uma placa-memória de tributo que evoca a sua “luta pela liberdade e democracia”. A ocasião serviu também para levar a Cascais a exposição dos 50 anos do Expresso, que percorreu as capitais de distrito e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores durante o ano passado.
Carlos Carreiras, presidente da câmara municipal de Cascais, mostrou o seu agrado por ter ali a exposição dos 50 anos do Expresso – Liberdade para pensar, confessando que tinha sentido alguma inveja por a ter visto percorrer o país e não ter ido a Cascais. A exposição, que ficará até 10 de junho (sábados e domingos das 15h às 19h) no Espaço Memória do TEC, e a homenagem correspondem ao desejo de Carlos Avilez, fundador do TEC, que faleceu a 22 de novembro.
Durante a cerimónia alguns atores e atrizes do TEC e da ‘família SIC’ leram os principais destaques da cultura que constavam da primeira edição do Expresso, de 6 de janeiro de 1973. E houve um mini-concerto do cantor FF, que interpretou, entre outros temas, “Um homem na cidade” de Carlos do Carmo, acompanhado ao piano por Nuno Rodrigues: “Eu sou o homem na cidade/Que manhã cedo acorda e canta/E por amar a liberdade/Com a cidade se levanta”.
Francisco Pinto Balsemão disse estar “honrado” com a homenagem: “Nunca parar, nunca desistir, andar para a frente”, afirmou.