A cabeça de lista do Partido Socialista (PS) às Eleições Europeias, Marta Temido, afirmou, esta quarta-feira, que a exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, suscita “apreensões”, mas garantiu que aguardará pelas explicações para “perceber o que se passou”.

Em declarações aos jornalistas a partir do Martim Moniz, à margem do desfile para assinalar o Dia do Trabalhador, Marta Temido afirmou que se trata de “um processo que naturalmente suscita apreensões por aquilo que tem vindo a público”, mas que “terá de ser explicado” para “perceber o que é de concreto se passou”.

“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem uma delegação de funções do Estado para assegurar a proteção social em Lisboa e é, naturalmente, algo que é muito preocupante em relação àquilo que é a capacidade da Santa Casa de continuar a assegurar o seu papel”, afirmou.

Ana Jorge, recorde-se, tomou posse a 2 de maio de 2023, escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa, e herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, depois dos anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.

Na terça-feira, o Governo acusou a provedora exonerada e os elementos da Mesa de “atuações gravemente negligentes” que afetaram a gestão da instituição, justificando desse modo a exoneração.

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