A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, condenou, este sábado, os ataques de índole racista levados a cabo no Porto durante a madrugada de sexta-feira, que vitimaram uma dezena de imigrantes argelinos e um venezuelano, tendo pedido a “punição exemplar dos agressores”.

“Quando o racismo flui no Parlamento, a violência flui até às ruas. Quem censura a memória do colonialismo abre a porta à violência no presente. Punição exemplar dos agressores, nem um dia de silêncio contra a política de ódio”, escreveu, na rede social X (Twitter).

A bloquista fez ainda menção à ação de solidariedade para com os imigrantes agredidos, que decorrerá a partir das 22 horas, no Campo 24 de agosto, no Porto, anunciada pelo movimento SOS Racismo.

“Nos últimos dias, um grupo organizado de pessoas constituiu uma milícia para invadir casas e atacar imigrantes na cidade do Porto. Com recurso a bastões, paus e facas, este grupo espancou vários imigrantes, dentro das suas casas. Os ataques foram planeados e devidamente organizados, para espalhar o terror e atacar o maior número de imigrantes. As habitações foram destruídas e várias pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar”, denunciou a entidade acima referida, numa nota de imprensa.

Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, um grupo de seis homens encapuzados, armados com bastões, facas e uma arma de fogo, invadiu na sexta-feira a casa onde vive uma dezena de imigrantes argelinos, além de um venezuelano, para os espancar, destruir o recheio da habitação e proferir insultos racistas.

Durante a meia hora de terror, conta aquele diário, uma das vítimas saltou pela janela do primeiro andar para fugir das agressões. Está internada, num hospital do Porto.

Ainda na madrugada de sexta-feira, na via pública, a PSP registou outros dois ataques de caráter racista dirigidos a cidadãos de origem magrebina, que poderão ter sido cometidos pelo mesmo grupo. Um dos agressores foi detido na posse de um bastão.

“Assistimos a práticas milicianas motivadas pelo ódio racial e xenófobo, típicas de grupos assassinos de extrema-direita. Não podemos voltar aqui – nunca mais!”, lê-se no comunicado do SOS Racismo, que descreveu que “estes grupos atuam de forma concertada, porque se sentem legitimados”.

O Notícias ao Minuto tentou confirmar as informações junto das autoridades mas, até ao momento, não foi possível fazê-lo.

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