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“O Hitler e os nazis do nosso tempo são os assassinos que mataram mais de 15.000 crianças em Gaza. Netanyahu, tal como os criminosos que o antecederam, deixou vergonhosamente o seu nome na história como o carniceiro de Gaza”, disse Erdogan, num discurso em Ancara.
“Ninguém pode esperar que fiquemos em silêncio perante um genocídio”, acrescentou o chefe de Estado turco, que insistiu que, para a Turquia, a organização islamista Hamas não é um grupo terrorista, mas sim “a resistência nacional palestiniana”.
Numa reação, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, afirmou que Erdogan está a “envergonhar o povo turco”.
“Volte à realidade e pare de arrastar a Turquia para lugares sombrios: está a envergonhar o legado de Atatürk e o povo turco!”, escreveu Katz na sua conta X, em resposta aos ataques de Erdogan a Netanyahu.
Para o ministro israelita, Erdogan “sonha com o restabelecimento do Império Otomano e hoje continua a atacar e a caluniar Israel”.
O Presidente turco recebeu em Istambul, no passado fim de semana, o líder político do Hamas, Ismail Haniye, cuja organização é classificada como terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por Israel.
Erdogan acusou Israel de “matar sem piedade” 35.000 habitantes de Gaza desde 7 de outubro, data em que lançou uma ofensiva sobre a Faixa de Gaza na sequência de um ataque terrorista do grupo islamita Hamas em território israelita que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 250 reféns.
O líder turco tem criticado Israel desde o início da guerra e, a 05 de março, acusou o governo de Netanyahu de cometer “genocídio contra o povo palestiniano” na Faixa de Gaza e comparou o primeiro-ministro, em várias ocasiões, ao ditador nazi Adolf Hitler.
Israel chamou o seu embaixador em Ancara em outubro passado, depois de Erdogan ter comparado a situação em Gaza ao Holocausto, e a Turquia chamou o seu embaixador em Telavive para consultas em novembro.
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