Navio foi apreendido pelas autoridades iranianas. Embaixador do Irão foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. Portugal não gostou das explicações dadas até agora

Portugal faz´três exigências: libertação imediata do navio MSC Aries; libertação da tripulação; tratamento digno da tripulação. Estas exigências foram feitas diretamente ao embaixador do Irão em Portugal e surgem porque o Governo português “não considerou consistentes as explicações até agora fornecidas”.

A mensagem foi passada pelo diretor-geral de Política Externa, Rui Vinhais, numa reunião com o embaixador da República Islâmica do Irão, Majid Tafreshi, que foi esta terça-feira de manhã chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. “À luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira”, o governo português voltou a pedir a libertação imediata do navio MSC Aries que foi capturado no estreito de Ormuz este sábado, assim como a libertação da tripulação, “que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado”. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros revela que vai aguardar os resultados desta diligência formal e “avaliará, em função disso, passos adicionais. O Irão diz que apreendeu o navio devido a “violação de normas” e refere que a embarcação pertence “ao regime sionista”.

De acordo com uma nota enviada à comunicação social sobre esta reunião com o embaixador do Irão, o Governo português manifestou ainda “profunda preocupação com a escalada do conflito na região”, apelando “à máxima contenção”, tendo ainda reiterado “de forma veemente e categórica a condenação do recente ataque realizado contra o Estado de Israel”.

No domingo, o embaixador de Portugal em Teerão já se tinha reunido com o chefe da diplomacia do Irão para obter esclarecimentos sobre a captura do navio no Estreito de Ormuz. O MSC Aries, de bandeira portuguesa e com registo na Região Autónoma da Madeira, é propriedade da empresa Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.

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