A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, reagiu, esta quarta-feira, ao levantamento da sua imunidade por parte da Assembleia da República (AR) devido a um processo ligado à alegada prática do crime de difamação e garantiu que “jamais se silenciará” perante “o sofrimento animal”.

“Foi hoje levantada, por parte da Assembleia da República, a minha imunidade parlamentar enquanto deputada para responder por um processo que me foi colocado por parte das proprietárias de um abrigo na Serra da Agrela, em Santo Tirso”, começou por explicar a deputada num vídeo publicado nas redes sociais, acrescentando que se tratam das mesmas proprietárias que respondem por uma “queixa-crime que o PAN colocou por terem morrido mais de 70 animais num incêndio”.

“Estamos a falar de animais que morreram carbonizados sem hipótese de fuga, que não foram socorridos, estamos a falar de animais que estavam acorrentados, animais que estavam subnutridos”, disse, lembrando que o partido visitou o abrigo após o incêndio.

“Estas imagens chocaram o país e ainda hoje tenho bem presente na minha memória as imagens dos animais esquartejados, dos animais feridos, dos animais cujos cadáveres estavam já em decomposição”, acrescentou.

E frisou: Podem colocar-me as ações que quiserem de difamação, pois jamais me irei silenciar, enquanto ativista, enquanto deputada, enquanto cidadã, perante o sofrimento animal”.

Sousa Real deixou uma nota de agradecimento a todos os ativistas e cidadãos que “naquela noite também foram ao local” e que “também têm ações a correr contra si”.

“Não, não nos iremos silenciar até que a justiça seja feita pelos animais de Santo Tirso e até que tenhamos leis de proteção animal muito mais eficazes no nosso país. Queremos garantir que ninguém, nenhum proprietário, impede o acesso a um abrigo numa circunstância destas”, frisou.

O levantamento da imunidade de Inês Sousa Real foi aprovado com o voto contra do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) e o voto a favor dos restantes. 

A queixa das proprietárias foi feita após Inês de Sousa Real ter dito que o acesso ao local foi “impedido pelas responsáveis, não permitindo que as autoridades entrassem no local para resgatar” os animais que morreram carbonizados.

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