O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, respondeu, esta segunda-feira, ao líder do Partido Social Democrata (PSD), que disse haver “petróleo no largo do Rato” numa crítica às medidas apresentadas pelos socialistas.

“Reparem que quem faz a crítica propôs um choque fiscal que significaria um rombo nas contas públicas de 4.5 mil milhões de euros”, começou por dizer Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas à porta do Tribunal de Aveiro, após ter procedido à entrega das listas de candidatos a deputados do PS às eleições legislativas pelo círculo de Aveiro.

“Já as nossas propostas foram bem estudadas, avaliadas e quantificadas”, defendeu.

Sobre a proposta em concreto de eliminar todas as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) no interior do país e no Algarve, o socialista atirou: “Lamento a posição do PSD”, falando depois em “insensibilidade para com a grande parte do território que ao longo de décadas foi ficando sempre para depois”.

“Estamos a falar de territórios que não têm alternativa à automóvel e nós temos todos esta obrigação de construirmos um país e um Portugal inteiro onde todos sejam respeitados, onde todas as regiões sejam respeitadas e, obviamente, nós tínhamos de fazer isso também com o nosso povo do interior que eram abrangidos pelas ex-scuts”, disse.

Notando que há uma candidatura o país, Pedro Nuno Santos notou que é preciso “dizer “o que se quer “fazer”. “Temos de dizer o que é queremos fazer, o que é que queremos apresentar ao país”, reforçou.

Confrontado com o facto de a medida em questão não ter sido concretizada nas anteriores legislaturas, o secretário-geral do PS respondeu que o projeto socialista é “um projeto inacabado”.

“O projeto do PS, para já, é um projeto inacabado. Depois, eu sou candidato a primeiro-ministro agora, não foi antes”, respondeu, frisando que é necessário “apresentar propostas” sobre problemas “que ainda não foram resolvidos”.

Ainda antes destas declarações, Pedro Nuno Santos tinha expressado “orgulho” por ser candidato pelo círculo de Aveiro. “Esta é a minha terra. Fui sempre candidato por este circulo. Não fazia sentido nenhum abandonar o meu circulo eleitoral, abandonar o distrito de Aveiro, para ser candidato por Lisboa. Isso não teria sentido nenhum“, apontou.

Recorde-se que os principais partidos já aprovaram, globalmente, as suas listas de candidatos a deputados, que terão que ser entregues, localmente, nos tribunais de comarca de cada um dos distritos ou círculos eleitorais, um processo que termina hoje.

“Eu pago o IMI que decorre da avaliação das Finanças, como qualquer português”

Pedro Nuno Santos acabou ainda por reagir à notícia hoje avançada pelo Correio da Manhã, que dá conta que o ex-governante comprou, em 2022 um imóvel em Montemor-o Novo, no Alentejo, por 506.500 euros, mas o Fisco avaliou-o para efeitos de IMI em 47.870 euros. Sendo a taxa de IMI em Montemor-o-Novo de 0,3%, com este valor patrimonial tributário (VPT), Pedro Nuno paga um IMI de 143 euros por ano.

“A notícia esclarece mesmo tudo o que há para esclarecer”, referiu. “Eu pago o IMI que decorre da avaliação das Finanças, como qualquer português”, completou.

[Notícia atualizada às 11h06]

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