As sanções “visam o cidadão russo Dmitri Khoroshev que foi identificado, no âmbito de uma investigação internacional (…), como um dos líderes do LockBit”, declarou o Governo britânico num comunicado.
O grupo LockBit, descrito como um dos “grupos de cibercrime mais prolíficos dos últimos anos”, é “responsável pela extorsão de mais de mil milhões de dólares (928 milhões de euros, no câmbio atual) a milhares de vítimas em todo o mundo”, acrescentou a mesma nota do executivo britânico.
Washington declarou, por sua vez, ter imposto sanções contra Dmitri Khoroshev “pelo seu papel no desenvolvimento e distribuição do ‘ransomware’ LockBit”.
“A Rússia continua a ser um porto seguro para os cibercriminosos, onde grupos como o LockBit são livres de lançar ciberataques contra os Estados Unidos, os seus aliados e parceiros”, declarou o Departamento do Tesouro norte-americano num comunicado.
Segundo o Governo britânico, a agência de combate ao crime organizado National Crime Agency (NCA) infiltrou-se na rede do grupo e desestabilizou a operação.
O grupo terá sido responsável por 25% dos ataques de ‘ransomware’ a nível mundial no ano passado, atingindo milhares de pessoas e mais de 200 empresas do Reino Unido.
O ‘ransomware’ é uma forma de vírus informático que afeta computadores, induzindo as pessoas a abrir ficheiros que permitem aos criminosos ganhar controlo de uma parte ou da totalidade dos conteúdos ou servidores de computadores pessoais ou de empresas para depois exigir um resgate.
“O grupo tentou reorganizar-se nos últimos dois meses, mas a NCA considera que, em resultado desta investigação, está atualmente a funcionar com uma capacidade limitada e que a ameaça global do LockBit diminuiu significativamente”, vincou.
As sanções agora aplicadas a Khoroshev resultam no congelamento de bens e proibições de viagem.
Leia Também: Ciberataques de ‘ransomware’ aumentaram em 2023
