De acordo com o Serviço de Informações e Segurança Militar neerlandês (MIVD), o ‘malware’ (‘software’ malicioso) foi encontrado “numa rede informática separada dentro das forças armadas”, que tinha menos de 50 utilizadores, e era utilizada apenas para atividades de investigação e desenvolvimento não classificadas.

Uma vez que este sistema era autónomo, “não causou qualquer dano à rede de Defesa”, afirmou o MIVD.

A descoberta do ‘malware’ ocorreu no ano passado, embora só hoje tenha sido tornada pública.

As características do ‘spyware’ foram publicadas pelo Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC), que explica que o ‘malware’ foi utilizado nos sistemas FortiGate da Fortinet, que permitem aos utilizadores de computadores trabalhar remotamente e em segurança, mas, segundo o MIVD, os espiões chineses utilizaram uma “vulnerabilidade conhecida nos dispositivos FortiGate” para levar a cabo a sua “campanha de espionagem”.

“É importante atribuir estas atividades de espionagem à China. Desta forma, aumentamos a resistência internacional contra este tipo de ciberespionagem”, acrescentou a ministra da Defesa neerlandesa em exercício, Kajsa Ollongren.

No seu relatório anual do ano passado, o MIVD já mencionava que a China estava a tentar obter conhecimentos e bens do setor espacial neerlandês, ao qual acrescentou este ano a indústria marítima e de alta tecnologia.

O serviço de informações afirmou que “descobriu e impediu várias tentativas da China de obter tecnologia militar neerlandesa” nos últimos anos.

A Fortinet afirma que fornece os seus produtos de cibersegurança a mais de 700 mil clientes em todo o mundo.

Leia Também: Países Baixos vão enviar mais seis caças F-16 à Ucrânia

Compartilhar

Leave A Reply

Exit mobile version