“Estamos envolvidos com todos os atores na retomada da entrada de mercadorias, inclusive combustível, para que possamos voltar a gerir os produtos recebidos. No entanto, a situação permanece extremamente fluida e continuamos a enfrentar uma série de desafios, no meio de hostilidades ativas”, assinalou Stéphane Dujarric, no seu ‘briefing’ diário à imprensa.

O porta-voz reforçou a necessidade de combustível para sustentar as operações humanitárias no enclave, num momento em que a quantidade que a ONU dispõe é suficiente apenas para mais algumas horas.

Anteriormente, o Exército israelita revelou que voltou a fechar hoje a passagem de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza, após um alegado novo ataque do grupo palestiniano Hamas, limitando ainda mais a entrada de ajuda humanitária no enclave.

“Hoje o Hamas atacou Kerem Shalom, pela terceira vez esta semana”, disse à agência EFE um porta-voz militar israelita.

No seu ‘briefing’, Dujarric alertou que as principais instalações médicas em Rafah, também no sul do enclave, poderão em breve tornar-se inacessíveis ou inoperantes.

A título de exemplo, o porta-voz indicou que um dos três hospitais de Rafah — Al Najjar — teve de ser desocupado abruptamente na terça-feira, por estar localizado numa área sujeita às ordens de evacuação enviadas pelas Forças de Defesa Israelitas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esta unidade tem o único departamento de diálise ainda em funcionamento na Faixa de Gaza, que “é uma tábua de salvação para cerca de 200 pacientes que necessitam desse serviço”.

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