No ano em que celebra 50 anos de carreira, Vitorino comemora os 50 anos do 25 de Abril a visitar, pela primeira vez, o Quartel do Carmo, em Lisboa.

A propósito do novo disco e da celebração dos 50 anos de carreira, acompanhámos o músico na primeira visita ao interior do quartel que está, temporariamente, aberto ao público. Lá dentro, o artista de 81 anos é abordado várias vezes.

“Era aqui que estava no 25 de Abril, mas não se cabia quase. Não se cabia mesmo! Era uma gritaria, era um sussurro, era um gritar de liberdade. Este quartel era um grande símbolo da repressão. As pessoas estavam aqui ansiosas e quando o Salgueiro maia mandou a rajada, isso foi uma alegria!”, conta Vitorino à SIC no Largo do Carmo, ao pé da árvore onde estava no da Revolução dos Cravos.

“Não sei do que é que se trata, mas não concordo” é o nome do novo trabalho. E há uma história por detrás desta escolha.

“Foi um parente meu que disse isso numa assembleia geral do Redondense Futebol Clube. Ele entrou e já ela decorria. O Sr. José Maria Barrancos deu-lhe a palavra e disse: fala aqui o Sr. Zé – a quem chamávamos o ‘Zé Embirra’. E ele levantou o dedo e disse: “Não sei do que é que se trata, mas não concordo”, aponta.

No novo álbum, há letras da autoria do próprio artista, de Florbela Espanca, de Miguel Torga, de António Lobo Antunes e de José Jorge Letria, entre outros. E há, até, um tema dedicado à Revolução dos Cravos, o “Moda Revolta”.

São novas canções para conhecer numa altura em que Vitorino celebra 50 anos de carreira, e, ao mesmo tempo, os 50 anos do 25 de Abril.

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