“Rita Alarcão Júdice é uma pessoa que conhece muito bem o sistema judicial português”, começou por dizer ao Expresso António Marçal, do Sindicato dos funcionários judiciais, desejando-lhe “sucesso” na legislatura – o mesmo desejou outro sindicato e ainda a Ordem dos Advogados. Mas não sem apontarem a necessidade de investimento para a Justiça.

“Tendo sido cabeça de lista do PSD por Coimbra, parece significar que terá a capacidade necessária para influenciar a tomada atempada das políticas públicas que nesta área se impõem. O seu sucesso será o sucesso da Justiça”, disse António Marçal.

“Poderá contar connosco para levar a cabo o trabalho árduo que terá pela frente. Como oficial de Justiça espero que consiga dar resposta aos problemas que nos afetam diretamente e questão a colocar em rotura muitos serviços”, concluiu, pedindo que “concretize algumas medidas que o PSD sempre apoiou e reafirmou durante a campanha eleitoral”.

Já Paulo Lona, novo presidente do Sindicato dos Magistrados do MP, confessou que não a conhece, mas deseja-lhe “boa sorte”. “Esperamos um diálogo construtivo com todos os operadores judiciais sobre as carências que são conhecidas. É necessária uma visão global do sector, para que não haja a ideia de que a justiça só é uma prioridade nacional quando se torna incómoda para o poder político, à boleia de dois ou três casos”, afirmou.

Já o ainda presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses não comentou.

Por sua vez, a bastonária da Ordem dos Advogados foi mais reivindicativa que os próprios sindicatos. Fernanda de Almeida Pinheiro também desejou “a maior das felicidades”, contando com a sabedoria e conhecimento de Júdice “para ouvir todos os intervenientes da Justiça” e pediu ajuda para os problemas da Justiça: “falta de meios, falta de recursos humanos e tecnológicos”; a questão dos estatutos da Ordem (que anunciou que iria propôr a alteração); e, por último, a “revisão da tabela remuneratória dos advogados inscritos no sistema no acesso à justiça e aos tribunais”.

“Desde que a senhora ministra esteja disponível para trabalhar e para ajudar a Justiça, exigir para a Justiça os recursos que necessita e ouvir os seus interlocutores (…) poderemos ter naturalmente uma forma de chegar a consensos e fazer avançar a Justiça”, concluiu.

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