O líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, alertou que o anúncio do ministro israelita Bezalel Smotrich sobre a construção de mais de 3.000 novas casas em colonatos na Cisjordânia ocupada é “inflamatório e perigoso”.

“Os colonatos tornam os israelitas e os palestinianos menos seguros, alimentam tensões, obstruem os esforços de paz e constituem uma grave quebra da lei internacional”, disse Borrell, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O próprio secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou o anúncio israelita.

Falando na capital argentina, Buenos Aires, Blinken disse que os Estados Unidos estavam “desapontados” ao saber do novo plano de colonatos anunciado pelo ministro das Finanças, depois de três atiradores palestinianos terem aberto fogo contra carros perto do colonato de Maale Adumim, matando um israelita e ferindo cinco.

Blinken condenou o ataque, mas afirmou que os Estados Unidos se opõem à expansão dos colonatos e deixou claro que Washington iria mais uma vez respeitar a decisão judicial da era da administração Carter, que determina que os colonatos não são compatíveis com o direito internacional.

“Há muito tempo que a política dos Estados Unidos, tanto sob as administrações republicanas como democratas, é que os novos colonatos são contraproducentes para alcançar uma paz duradoura”, afirmou Blinken, numa conferência de imprensa com a homóloga argentina, Diana Mondino.

“São também inconsistentes com o direito internacional. A nossa administração mantém uma firme oposição à expansão dos colonatos e, na nossa opinião, isso só enfraquece, não fortalece, a segurança de Israel”, disse Blinken.

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