A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, classificou de “infame” o ataque feito na noite passada relativamente a cidadãos migrantes, reforçando que “comportamentos destes não são admissíveis”. A ministra falava aos jornalistas na Figueira da Foz onde presidiu às cerimónias que assinalaram o dia internacional do bombeiro.

Seis homens foram identificados e um foi detido, pela posse de arma ilegal, na sequência de agressões a imigrantes, no Porto, segundo o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, que atualizou a informação dizendo que o juiz determinou a prisão preventiva do detido.

“São pessoas que procuram o nosso país porque é um país seguro e acontece uma situação tão má, tão vil… em nome do Governo, posso dizer que a tolerância é zero e vamos manter essa tolerância zero, não ao racismo, não a atos de xenofobia”, vincou a governante.

Nas declarações, Margarida Blasco vincou ainda que “a preparação das forças de segurança continuará a ser uma das nossas tantas prioridades”.

As declarações da ministra da Administração Interna surgem depois do alerta da organização SOS Racismo, que revelou que nos últimos dias, no Porto, um grupo organizado perpetrou ataques racistas contra imigrantes residentes na cidade, situação que obrigou vários a receber tratamento hospitalar.

“Nos últimos dias, um grupo organizado de pessoas constituiu uma milícia para invadir casas e atacar imigrantes na cidade do Porto. Com recurso a bastões, paus e facas, este grupo espancou vários imigrantes, dentro das suas casas. Os ataques foram planeados e devidamente organizados, para espalhar o terror e atacar o maior número de imigrantes. As habitações foram destruídas e várias pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar”, lê-se na nota de imprensa.

Registaram-se pelo menos três incidentes de ataques a imigrantes da noite deste sábado, mas as autoridades ainda estão a investigar a possível ligação entre eles. Dois imigrantes ficaram feridos e foram levados para o hospital

Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária, concluiu.

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