Segundo o grupo, “esta evolução reflete a inclusão de custos não recorrentes da implementação no curto prazo de um plano de otimização industrial na Amorim Cork Flooring (4,0 milhões de euros), bem como o aumento dos encargos financeiros em consequência do aumento das taxas de juro e do maior nível de endividamento”.

A empresa deu ainda conta de que as suas vendas consolidadas caíram 9,7% no mesmo período, para 234,7 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, um valor que foi afetado “pela redução dos volumes de venda”.

“Os primeiros três meses do ano foram afetados por condições de mercado desfavoráveis”, adiantou o presidente da empresa, António Rios de Amorim, citado no comunicado.

O gestor apontou que “perante os efeitos negativos da desalavancagem operacional” e “refletindo uma contração de volumes nos setores” onde opera, bem como tendo em conta “o aumento de preços de consumo de cortiça”, a Corticeira concentrou-se em “aumentar a eficiência industrial, melhorar o ‘mix’ e ganhar quota de mercado”.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado do grupo foi de 43,7 milhões de euros, uma queda de 8,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

“O consumo de matérias-primas cortiça adquiridas a preços mais elevados e os efeitos negativos da desalavancagem operacional foram determinantes para esta redução”, justificou a empresa.

A Amorim Cork e a Amorim Cork Composites foram as unidades de negócios que “se destacaram em termos de melhoria de rentabilidade no período, refletindo, entre outros, menores custos de matérias-primas não cortiça e melhores eficiências industriais”, disse ainda o grupo.

Segundo a Corticeira, todas as unidades de negócio “registaram pressão sobre as vendas, exceto a Amorim Cork Composites, cujas vendas cresceram ligeiramente para 27,5 milhões de euros”, um aumento de 0,6% face ao período homólogo.

Por sua vez, “as vendas da Amorim Cork (-10,4% face ao período homólogo), que representaram 77% das vendas consolidadas, foram penalizadas pela redução dos volumes, transversal a todos os segmentos, ainda que tenham beneficiado de melhorias do ‘mix’ de produto e da implementação de subida de preços”, salientou a empresa.

O grupo destacou que, no final de março, “a dívida remunerada líquida baixou para 236,7 milhões de euros”, face aos 240,8 milhões de euros do ano passado, “apesar do acréscimo das necessidades de fundo de maneio (25,7 milhões de euros) e do aumento do investimento em ativo fixo (12,4 milhões de euros)”.

[Notícia atualizada às 18h19]

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