A antiga deputada do Bloco de Esquerda é a candidata às europeias escolhida pelo partido associado à extrema-direita. A apresentação da candidatura acontece esta quinta-feira.

Joana Amaral Dias é a cabeça de lista do ADN (Alternativa Democrática Nacional) às eleições europeias. O anúncio foi feito, esta terça-feira, através de um vídeo divulgado pela própria nas redes sociais.

A apresentação da candidatura será esta quinta-feira, dia 18 de abril, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa.

O ADN já tinha feito uma publicação, na página de Facebook do partido, revelando o local da apresentação da candidatura às eleições europeias, mas sem revelar quais os nomes que integravam a lista do partido.

Valorizamos estrategicamente o elemento surpresa. Como tal, os nossos candidatos serão unicamente dados a conhecer no evento de dia 18”, lê-se na publicação feita, na altura, pelo ADN.

Fundado em 2014, por Marinho e Pinto (na altura, enquanto Partido Democrático Republicano), o ADN é um partido político português conservador, que se assume como “centrista”, mas é frequentemente associado à extrema-direita. É, atualmente, liderado por Bruno Fialho e, nas últimas legislativas protagonizou uma grande polémica, ao crescer exponencialmente, conseguindo alcançar mais de 99 mil votos (assim como uma subvenção de 340 mil euros), o que foi interpretado por muitos como resultado de uma confusão dos eleitores, nos boletins de voto, entre a AD e o ADN.

Joana Amaral Dias torna-se, assim, candidata de um partido tido como de extrema-direita, depois de ter sido deputada do Bloco de Esquerda. O afastamento do partido aconteceu, no entanto, há muito tempo. Em 2006, apoiou a candidatura de Mário Soares à Presidência da República, tendo sido altamente criticada internamente no Bloco. Em 2014, acaba mesmo por desfiliar-se do partido. Desde então, aproximou-se do PS, integrou o movimento “Juntos Podemos” e o grupo político “Agir” (que incluiu o Partido Trabalhista Português e o Movimento Alternativa Socialista). A virada mais à direita chega em 2017, quando é candidata à Câmara Municipal de Lisboa pelo Nós, Cidadãos!.

A psicóloga, de 50 anos, tem-se dedicado também, ultimamente, ao comentário político e à atividade de influencer.

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