O orgasmo. Quase todos o descrevem como uma explosão de prazer, mas cada corpo pode senti-lo de forma diferente. Ainda que seja uma combinação entre experiência física e fatores psicológicos, ao nível físico o orgasmo é sempre igual.

“Nas mulheres geralmente é acompanhada por contrações musculares no útero, vagina e reto, e às vezes em outras partes do corpo. Além disso, pode aparecer em maior ou menor grau a ejaculação feminina, que nada mais é do que um líquido transparente composto por diversas substâncias como antígenos prostáticos, enzimas, glicose e frutose secretados pelas glândulas de Skene. Nos homens, a contração ocorre no pênis, na uretra e no esfíncter, e eles tendem a ejacular.”, explica a sexóloga e psicóloga especialista em Terapia de Casal do Instituto Centta, Silvia Cintrano, ao El País.

De acordo com um estudo de 2016, entre 10% e 14% das mulheres não conseguem atingir o orgasmo durante a vida.

Mas o que acontece com o corpo?

A sensação de liberação repentina é acompanhada nas mulheres por entre três e 15 espasmos musculares nos órgãos genitais espaçados a cada 0,8 segundos. 

Nos homens, o orgasmo costuma ser acompanhado da ejaculação, com três a 8 “rajadas”, e dura no máximo 10 segundos. 

No final, o corpo volta à sua fase inicial de repouso e pode demorar entre cinco minutos e uma hora até que tudo volte ao normal.

“Essa fase costuma ser mais longa nas mulheres do que nos homens”, afirma Silvia Cintrano ao El País. Nesse momento, é liberado uma hormona chamada prolactina, que muitas vezes atua como um inibidor da resposta sexual. É por isso que os homens normalmente precisam de mais tempo até conseguirem retomar a atividade sexual.

Quais hormonas são libertadas?

Durante o orgasmo também são liberados outras hormonas, como a oxitocina, que ajuda a estabelecer uma conexão emocional com o parceiro, ao mesmo tempo que inibe a produção da hormona do stress. Também é liberada melatonina, responsável pela regulação do relógio biológico, que promove e melhora a qualidade do sono. Além disso, durante o orgasmo também secretamos endorfinas, que geram bem-estar e felicidade, explica o psicólogo, sexólogo e diretor da Psicopartner, Ángel Luis Guillén.

E a nível emocional?

Para a sexóloga Florencia Arriola, as emoções desempenham um papel fundamental. “É comum que muitas pessoas chorem após o orgasmo, riam, espirrem ou até sintam rejeição por parte da pessoa com quem acabaram de se encontrar. É um momento de libertação, uma resposta total do corpo que também pode traduzir-se na necessidade de abraços e carinhos”, disse ao El País.

Benefícios para a saúde

A nível da saúde, o orgasmo também parece trazer vários benefícios, uma vez que liberta várias hormonas como a adrenalina, endorfinas e ocitocina, principalmente no caso das mulheres. Essas substâncias atuam em nosso organismo como vasodilatadores, permitindo uma melhor circulação sanguínea e evitando assim a formação de coágulos.

Um estudo concluiu que, em 1976, a falta de orgasmos estava relacionada a um maior risco de problemas cardiovasculares nas mulheres. Um outro estudo descobriu que homens que faziam sexo duas vezes por semana tinham até 50% menos probabilidade de sofrer um ataque cardíaco do que aqueles que faziam sexo uma vez por mês.

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