Apesar desta garantia de Telavive, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, reiterou que Washington continua a opor-se a uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e quer que este ponto de passagem de ajuda humanitária junto à fronteira egípcia, fechado pelo exército israelita, seja reaberto “o mais rapidamente possível”.

Rafah é o principal ponto de passagem da ajuda humanitária para Gaza e onde se refugiaram mais de um milhão de deslocados palestinianos oriundos de outras zonas do território.

Nas últimas semanas, Israel tem ameaçado realizar uma operação ofensiva em Rafah, onde diz que estão as últimas unidades ativas do grupo extremista palestiniano Hamas.

Nas mesmas declarações, Kirby acrescentou que Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas “devem ser capazes de preencher as lacunas restantes” para chegar a um acordo de cessar-fogo, que está neste momento em discussão.

O porta-voz norte-americano disse esperar que um acordo final seja alcançado “muito em breve” durante as negociações que decorrem no Cairo, Egito, apesar dessas lacunas, que não esclareceu quais são.

Mediadores do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos da América (EUA) estão a manter hoje conversações no Cairo com o movimento islamita palestiniano Hamas, com vista a uma trégua na Faixa de Gaza, segundo o meio de comunicação egípcio Al-Qahera News, considerado próximo dos serviços secretos egípcios.

“As delegações do Qatar e dos EUA prosseguem as conversações com as delegações egípcia e do Hamas” para falar de um cessar-fogo, informou o meio de comunicação, citando um alto funcionário que não mencionou a presença de uma delegação israelita.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou quase 35.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

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