Segundo um comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI), os túneis foram descobertos há algum tempo e têm estado, desde então, sob “permanente vigilância tecnológica e dos serviços secretos”.

Nenhum dos túneis atravessava a fronteira para território israelita, de acordo com o diário The Times of Israel.

Esta notícia surge apenas uma semana depois de as forças de segurança israelitas terem instado os residentes da zona de Beit Lahia, a apenas dois quilómetros de Beit Hanun, a evacuar a área, enquanto preparavam uma nova vaga de operações militares nas imediações da cidade.

A 07 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.163 pessoas, na maioria civis.

Fizeram também 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que hoje entrou no 206.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza 34.454 mortos, mais de 77.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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