Incompreendido e subvalorizado, este continua a ser um animal cujo verdadeiro valor não lhe é atribuído. No Dia Internacional do Burro vale a pena recordar que, para além de força de trabalho, este animal tem muito mais para oferecer.
“Ser burro” é uma expressão do conhecimento geral, mas que não dignifica o animal de quatro patas que acompanha o ser humano há milhares de anos e que de burro, diga-se, não tem nada.
Descrito pela AEPGA como um ser dócil, resiliente, estoico, sociável e ternurento, o burro tem assumido ao longo dos séculos todo o tipo de papéis, desde companheiro de trabalho a terapeuta e também, claro, de amigo. Por isso, celebra-se esta quarta-feira o Dia Internacional do Burro.
Esta data tem como objetivo sensibilizar e dar a conhecer a verdadeira importância deste animal que ainda assume, em muitos locais ao redor do globo, funções verdadeiramente essenciais na vida quotidiana.
Nos dias que correm é um animal pouco valorizado, mas vale a pena lembrar que ao longo da História assumiu sempre um papel de relevo no desenvolvimento das comunidades por ter sido, por exemplo, essencial para o transporte de pessoas e bens essenciais e para o trabalho dos campos agrícolas.
O Burro de Miranda, uma espécie ameaçada
A AEPGA aproveita a ocasião para relembrar que o Burro de Miranda, uma espécie autóctone portuguesa, é ameaçada de extinção, embora tenha sempre contribuído “de forma determinante para a ruralidade, cultura e história de Portugal”.
Se pretende ajudar na luta pela conservação desta espécie pode apadrinhar um burro. Aqui encontra toda a informação necessária para poder contribuir para a conservação desta espécie.
As “5 Liberdades do Bem-Estar Animal”
Todos os anos desde que celebra a data, desde 2014, que a AEPGA divulga nos cartazes do Dia Internacional do Burro as “5 Liberdades do Bem-Estar Animal”: liberdade do desconforto, liberdade para expressar comportamentos normais, liberdade do medo, liberdade de sofrimento e liberdade da fome e da sede.
Este ano, a associação destaca a liberdade de sofrimento, que “sublinha a importância de serem proporcionados cuidados médico-veterinários ao longo da vida de um animal”.
“Esta liberdade relembra que se deve dar prioridade à prevenção de problemas de saúde e atuar de forma célere nos estádios iniciais das patologias e lesões, para que o diagnóstico e tratamento sejam eficazes, diminuindo assim a probabilidade de sofrerem dor desnecessária ou desenvolverem doenças prolongadas”, informa a organização.
Atualmente, as cinco liberdades acima enumeradas são as linhas orientadoras do bem-estar animal que foram adotadas e subscritas por todas as instituições que garantem o cuidado animal.