Para Pedro Nuno Santos, os problemas nas contas públicas anunciados pelo Governo servem apenas de pretexto para que as promessas eleitorais não sejam cumpridas.

No Parlamento, em declarações aos jornalistas, pouco depois de os deputados terem aprovado na generalidade o diploma do PS para o fim imediato das portagens nas ex-SCUT – enquanto um projeto de resolução do PSD/CDS-PP que recomendava a sua redução gradual foi chumbado -, Pedro Nuno Santos afirmou que os socialistas estão a “cumprir uma promessa eleitoral”.

“Eu tive oportunidade de dizer que se trabalha no Governo e trabalha-se no parlamento. O PS não está no parlamento apenas para assistir: o PS está no parlamento para fazer trabalho, para aprovar as suas propostas, para melhorar a vida do povo português, e é isso que nós fizemos aqui hoje”, disse.

O líder socialista considerou que, passado um mês desde que o Governo tomou posse, só se retira “uma mudança de logótipo, uma proposta de redução do IRS que se revelou falsa, a promoção da instabilidade em vários serviços da administração” e, agora, “a dramatização da situação das contas públicas” por parte do ministro das Finanças, que faz lembrar “o discurso da tanga do ex-primeiro-ministro Durão Barroso”.

O líder do PS acusou o ministro das Finanças de “impreparação técnica para o exercício das suas funções”, o que considerou preocupante, acrescentando que o Governo parece estar apostado em “preparar o terreno político em Portugal para não cumprir as promessas com que se apresentou a eleições”.

“Nós precisávamos era de um Governo a governar, o PS na oposição está a conseguir fazer mais do que o PSD no Governo”, afirmou.

Recusando estar a fazer coligações negativas ou a ser uma força de bloqueio à governação, Pedro Nuno afirmou que o PS está só a fazer o seu trabalho, apresentando propostas no parlamento, e tem tido “uma atitude positiva”, disponibilizando-se para viabilizar um orçamento retificativo em matérias de consenso e tendo chegado a acordo para a eleição do presidente do parlamento.

“Nós só podemos olhar para o Governo e com espanto constatar que o principal elemento promotor da instabilidade tem sido o próprio Governo e nenhum partido na Assembleia da República”, disse.

Compartilhar

Leave A Reply

Exit mobile version