A declaração significa que qualquer pessoa que trabalhe com a Deutsche Welle e produza conteúdos para o serviço bielorrusso pode ser condenada a sete anos de prisão.
Qualquer pessoa que leia e publique artigos da Deutsche Welle poderá ser considerada culpada de uma infração administrativa ou criminal.
O diretor-geral da Deutsche Welle, Peter Limbourg, criticou a decisão, afirmando que as acusações são “infundadas” e não refletem a verdadeira natureza do trabalho do serviço bielorrusso.
As autoridades bielorrussas já classificaram 199 organizações como “extremistas” e usam esse rótulo para reprimir a dissidência no país.
A lista inclui o serviço bielorrusso da Radio Free Europe/Radio Liberty e o canal de televisão bielorrusso independente Belsat, que emite em língua bielorrussa a partir de Varsóvia, a capital polaca.
“A situação da liberdade de expressão na Bielorrússia é a pior da Europa”, afirmou Andrei Bastunets, diretor da Associação de Jornalistas da Bielorrússia, acrescentando que o país é semelhante a uma “Coreia do Norte” europeia.
A Bielorrússia foi abalada por protestos em massa em 2020, depois de o presidente autoritário do país, Alexander Lukashenko, se ter declarado como vencedor de um sexto mandato presidencial.
Esta votação foi condenada pelo Ocidente e pela oposição, que a consideraram fraudulenta.
As organizações de defesa dos direitos humanos afirmaram que as autoridades prenderam mais de 35.000 pessoas em consequência dos protestos, e algumas delas foram brutalmente espancadas.
Muitas figuras proeminentes da oposição foram detidas e condenadas a longas penas de prisão, enquanto outras fugiram para o estrangeiro.
O serviço em bielorrusso da Deutsche Welle tem sede em Bona e a empresa noticiosa é financiada pelo Governo alemão.
De acordo com a Associação de Jornalistas da Bielorrússia, existem atualmente 36 jornalistas presos neste país.
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