Ex-presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo assume que o partido tem falhado as últimas metas eleitorais, mas justifica com a alteração do contexto político, Em entrevista ao Expresso, da qual publicamos agora uma parte, critica Tiago Mayan Gonçalves por já se ter preanunciado como candidato à liderança da Iniciativa Liberal.
Desde que foi anunciado como cabeça-de-lista da IL às Europeias, o contexto político mudou. Quais são os objetivos para 9 de junho?
Confesso que ainda não consegui sentir, desta vez, qual será o objetivo. Portanto, vou manter aquilo que está na nossa moção de estratégia, que é eleger um eurodeputado nestas eleições. Para além de só se terem conhecido agora os cabeças-de-lista dos dois principais partidos, não se sabe qual será a mobilização.
Na moção, Rui Rocha admite a possibilidade de se elegerem dois eurodeputados. Defende cautela, depois de o partido ter falhado por três vezes as metas eleitorais?
Não seria por isso. É óbvio que, havendo condições políticas para eleger mais eurodeputados, vamos com certeza fazer esse esforço. Mas, digo com toda a franqueza, se pudesse estar já aqui a dizer vão ser dois, três, porque achava, dizia, não tinha problema nenhum a fixar objetivos altos, não é esse o tema. Sou honesto quando não vejo, quando vejo, comunico sem problema porque acho mesmo que vamos lá chegar.