O Estado terá sido lesado em 28 milhões de euros em IVA por ilegalidades cometidas por empresas de entrega de refeições ao domicílio através da Uber. A este valor somam-se 7,5 milhões de euros de contribuições não entregues à Segurança Social.

Na terça-feira foram realizadas buscas nas instalações da Uber, em Lisboa. No entanto, a empresa garantiu que não era a entidade visada. Em comunicado, o Instituto da Segurança Social referiu que uma equipa mista, que integra também a Autoridade Tributária e Aduaneira e outros organismos, colocou no terreno uma operação visando “a perseguição de ilícitos criminais tributários no setor das empresas de distribuição de refeições ao domicílio”.

Na operação, denominada ‘Express Delivery’, foram cumpridos 65 mandados de busca, nos distritos de Lisboa, Setúbal, Coimbra, Aveiro e Braga. Os factos sob investigação “compreendem várias empresas relacionadas com a prestação de serviços, através de uma plataforma digital de entrega de refeições ao domicílio e respetivos gabinetes de contabilidade”, adianta o comunicado, acrescentando que se reportam aos anos de 2020 a 2024 e estão relacionados “com a suspeita de criação de um esquema fraudulento, suportado num circuito de faturação falsa”.

O objetivo é a “apropriação indevida de elevados montantes de IVA”, bem como o não pagamento de contribuições por via da ocultação, perante a Segurança Social, dos trabalhadores que realizam os serviços de entrega.

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