Data de prescrição torna praticamente impossível a possibilidade de existir uma condenação em primeira instância, avança o Observador. Crimes que terão lesado o BES em 933 milhões de euros deverão conhecer o mesmo destino

Os crimes relacionados com a alegada falsificação da contabilidade da holding Espírito Santo (ES) Services entre 2009 e 2014 – que levaram à derrocada do grupo controlado por Ricardo Salgado – deverão prescrever entre outubro e dezembro deste ano, segundo avança o Observador, sublinhando que até essa data será praticamente impossível ocorrer uma condenação em primeira instância.

Destino semelhante deverão ter também os crimes de infidelidade, apontados ao ex-banqueiro e a outros arguidos, que terão prejudicado o Banco Espírito Santo em valores próximos dos 933 milhões de euros. Estes deverão prescrever já em junho de 2024.

De acordo com cálculos feitos pelo jornal, no âmbito do caso BES, há um total de 42 crimes relacionados com falsificação de documento e infidelidade apontados a Salgado e a outros 12 arguidos que devem prescrever até janeiro de 2025. Isto numa altura em que o início do julgamento do caso foi adiado para o dia 18 de junho, por causa da notificação tardia de um dos arguidos sujeitos a Termo de Identidade e Residência. 

No total, a Ricardo Salgado são imputados 65 crimes, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.
 

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