O líder do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, afirmou, esta terça-feira, que “não há razão” para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à privatização da ANA – concretizada em 2013 pelo governo PSD/CDS – não seja aprovada e lembrou que em causa estão “indícios de corrupção” apontados pelo Tribunal de Contas.

“O relatório do Tribunal de Contas veio demonstrar a urgência e a necessidade premente de se avançar para uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou aos jornalistas, na Assembleia da República, acrescentando que o tribunal “aponta para uma projeção do Estado ter sido lesado em 20 mil milhões de euros” e “indícios de corrupção”.

“Perante estes factos e evidências, não vemos nenhuma razão – nem me passa pela cabeça – que a nossa proposta não seja aprovada”, acrescentou.

Raimundo afirmou que é necessário apurar as “responsabilidades políticas e económicas”, mas também “criminais, se for o caso”.

Lembrando que foi aberta uma CPI devido ao pagamento de uma indemnização de 500 mil euros na transportadora áerea TAP, o líder comunista sublinhou que “está em causa um valor 40 mil vezes superior” e, por isso, deverá haver “unanimidade” para uma nova comissão.

O negócio, que ficou concluído em 2013, foi feito por um Governo PSD/CDS que tinha como primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira como ministros das Finanças e da Economia, e Sérgio Monteiro como secretário de Estado das Infraestruturas.

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