João Cotrim Figueiredo, ex-líder da Iniciativa Liberal (IL) e cabeça de lista do partido às eleições europeias, afirma que está ainda por conhecer o “pensamento europeu” de Sebastião Bugalho, o candidato escolhido pela Aliança Democrática (AD).

Sebastião Bugalho foi anunciado, esta noite, como cabeça de lista às europeias da coligação formada pelo PSD, CDS e PPM. O presidente social-democrata, Luís Montenegro, justificou a decisão, alegando que se trata de “um jovem talentoso, um jovem que o país conhece, aqui e ali até polémico”.

Em entrevista à SIC Notícias, esta segunda-feira, João Cotrim de Figueiredo, adversário de Sebastião Bugalho nestas eleições europeias, fez referência ao facto de este ser um jornalista tornado comentador televisivo e fez a avaliação da candidatura.

“Aparentemente, o grande atributo que traz é ser conhecido. Acho pouco”, declarou, sublinhando ainda que não conhece o “pensamento europeu” de Sebastião Bugalho e que vai agora “esperar para ver qual é”.

A escolha, sublinha, foi “uma surpresa” e, para Cotrim de Figueiredo, “mostra que no PSD há algum know-how em manter os nomes das listas secretos”.

Questionado sobre o nome anteriormente apontado para encabeçar a lista da AD, Rui Moreira, João Cotrim de Figueiredo refere que conhece o atual autarca do Porto “há muito tempo” e que “nunca” lhe pareceu que ser candidato às europeias “fosse um sonho de vida e algo que lhe coubesse nos sapatos”.

IL ficou fora do Governo. Porquê?

Falando diretamente sobre a relação entre a IL, partido que liderou, e a Aliança Democrática, João Cotrim de Figueiredo sublinha os motivos pelos quais, ao contrário daquilo que chegou a ser equacionado, os liberais não integraram o atual Governo, liderado por Luís Montenegro.

Cotrim de Figueiredo sublinha que “houve negociações de boa-fé” nesse sentido, mas que as matérias em que conseguiam chegar a acordo “não eram suficientes” – desde logo, a descida de impostos – que se revelou uma questão polémica, logo no início da legislatura, com o Executivo da AD a ser acusado de um “embuste”, ao não tornar claro que a descida do imposto que propunha já englobava a redução feita pelo anterior Governo socialista.

“Não houve uma zanga”, sublinha o candidato da IL às europeias.

Achámos que seremos mais úteis fazendo oposição construtiva no Parlamento do que estando no Governo”, explicou Cotrim de Fugueiro. “As últimas semanas deram-nos total razão”, acrescentou

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