“Não surpreende que os Estados Unidos da América e outros países ocidentais, que perpetuaram os seus direitos adquiridos infligindo desgraças e dor a outras nações com o pretexto de garantir a paz e a segurança globais, lamentem profundamente o fim desse organismo corrupto”, disse o embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas.

Citado pela agência espanhola de notícias, a Efe, Kim Song escreveu, num editorial publicado pela agência de notícias coreana, KCNA, que o texto dos EUA e de mais 49 países “distorce a verdade” ao classificar de desastre a dissolução do painel, que Pyongyang vê como “uma organização ilegal geradora de conspirações que serviu de ferramenta para a política hegemónica dos EUA e outros países para acabar com o direito à existência de um Estado soberano”.

Em causa está a resposta a um artigo publicado a 01 de maio pelos EUA e mais quase 50 países, no qual anunciavam a intenção de conceber um novo sistema de análise independente do cumprimento das sanções, de modo a evitar avanços no programa de armas de destruição maciça da Coreia do Norte.

Durante uma visita no mês passado à Coreia do Sul, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, assegurou que Washington e Seul iriam trabalhar “de maneira criativa” para encontrar uma alternativa ao painel, incluindo a possibilidade de criação de um mecanismo externo fora do âmbito das Nações Unidas.

“Mesmo que as forças hostis estabeleçam no futuro um segundo ou terceiro painel, estão condenados à autodestruição mais tarde ou mais cedo”, afirmou Song no texto publicado pela KCNA e citado pela Efe, no qual conclui: “Se os EUA e os seus seguidores continuam insistentemente a anacrónica política hostil contra a República Popular Democrática da Coreia em vez de aprender a lição deste caso, sofrerão uma derrota estratégica ainda mais trágica”.

No passado 28 de março, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar a renovação do mandato do painel de peritos, criado originalmente em 2006, devido ao voto da Rússia, país que no último ano fortaleceu muito a sua relação com a Coreia do Norte, que forneceu armamento para ser usado na Ucrânia.

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