O Presidente norte-americano Joe Biden anunciou, no início de março, esta instalação devido aos bloqueios israelitas relativamente à entrega de ajuda por via terrestre no território palestiniano.

O Pentágono tinha referido esta semana que a sua construção estava a meio.

“Ontem [Quinta-feira], o Comando do Médio Oriente dos EUA (Centcom) interrompeu temporariamente a montagem ‘offshore’ do porto artificial perto de Gaza devido às condições do mar”, frisou hoje o Centcom, em comunicado.

“Ventos e ondas fortes criaram condições perigosas para os soldados que trabalhavam no porto parcialmente construído”, acrescentou.

Esta instalação inacabada “e os navios militares envolvidos deslocaram-se para o porto de Ashdod, onde a montagem continuará e será concluída antes que o porto seja estabelecido no local planeado, quando o mar estiver calmo”.

O custo de construção do porto deverá ficar em torno de 320 milhões de dólares (300 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Um alto responsável da administração dos EUA tinha referido, na semana passada, que todos os 2,2 milhões de residentes de Gaza enfrentam insegurança alimentar.

Este porto temporário irá ficar a sudoeste da Cidade de Gaza, um pouco a norte de uma estrada que corta Gaza a meio e que os militares israelitas construíram durante os atuais combates contra o Hamas.

A área era a mais populosa do território antes da ofensiva terrestre israelita ter ocorrido e empurrado mais de um milhão de pessoas para sul, em direção à cidade de Rafah, na fronteira egípcia.

A ajuda tem demorado a chegar a Gaza, com longas filas de camiões à espera de inspeções israelitas. Os EUA e outras nações também realizaram lançamentos aéreos para enviar alimentos para Gaza.

Organizações humanitárias afirmaram que são necessárias centenas de camiões deste tipo para entrar em Gaza todos os dias.

A 07 de outubro, os comandos do movimento islamita palestiniano Hamas levaram a cabo um ataque no sul de Israel que causou a morte de cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo um relatório da agência AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Segundo Israel, mais de 250 pessoas foram raptadas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, 35 das quais terão morrido.

Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 34.600 mortos, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento palestiniano.

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