Um balanço feito no sábado elevou para 59 o número de mortos em consequência dos dois temporais que atingem há vários dias este Estado brasileiro, com registo adicional de 67 desaparecidos.

Cerca de 70 mil pessoas tiveram de deixar as suas casas no Brasil e mais de um milhão de habitações ficaram sem água devido às inundações que devastam o sul do país, anunciaram no sábado à noite as autoridades.

Segundo o mais recente balanço das autoridades brasileiras, meio milhão de habitantes foram afetados pela subida das águas no Estado do Rio Grande do Sul.

A região metropolitana de Porto Alegre, a cidade mais importante do sul do Brasil, tem bairros inteiros debaixo de água.

Na madrugada de sexta-feira, o rio Guaíba, em Porto Alegre, atingiu 4,23 metros, o nível mais alto desde 1941, e deixou a capital gaúcha praticamente isolada, inundando estradas e obrigando à suspensão das operações no aeroporto internacional, que vai ficar fechado, pelo menos, até segunda-feira.

O município de Canoas, na região metropolitana, é um dos mais atingidos pelas enchentes e está totalmente submerso.

A capital teve mais de sorte, pois a zona portuária tem um sistema de diques e comportas que protegem a cidade das inundações do rio.

No entanto, esta é a primeira vez que a água entra na cidade desde a construção desse sistema de diques e comportas, em 1974.

Pelo menos 59 pessoas morreram

Um balanço feito no sábado elevou para 59 o número de mortos em consequência dos dois temporais que atingem há vários dias este Estado brasileiro, com registo adicional de 67 desaparecidos.

As autoridades suspenderam as aulas em 2.338 escolas públicas, num total de 200 mil alunos.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse numa conferência de imprensa que “as chuvas começaram a dar tréguas”, mas antecipou que a região vai estar em dificuldades durante vários dias até que os rios voltem ao normal.

Depois disso, a região vai precisar de ajuda financeira para se reerguer.”O Rio Grande do Sul vai precisar de um plano Marshall de recuperação”, disse.

Com Lusa

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