“Chega de atrasos, chega de desculpas. A hora de agir é agora”, declarou Blinken aos jornalistas na Jordânia pouco antes de partir para Israel, no âmbito da sua sétima viagem à região desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, há mais de seis meses.

Blinken sustentou que o Hamas deveria aceitar o acordo de cessar-fogo e libertar os reféns que mantém no território palestiniano desde 07 de outubro — uma proposta que considerou “extraordinariamente generosa por parte de Israel”.

A proposta de trégua foi apresentada durante uma reunião realizada na segunda-feira no Cairo com o Egito e o Qatar, dois dos países mediadores nas negociações.

A delegação do Hamas regressou a Doha (no Qatar, onde o braço político do grupo islamita está sediado) e deverá dar uma resposta “o mais rapidamente possível”, disse à agência France Presse (AFP) uma fonte próxima do movimento islamita palestiniano.

A proposta prevê um cessar-fogo de 40 dias e a libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca de reféns na Faixa de Gaza, segundo meios de comunicação israelitas.

“Queremos ver este acordo concretizar-se nos próximos dias”, insistiu Antony Blinken.

Questionado sobre o desejo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de lançar, “com ou sem acordo [de trégua]”, uma ofensiva terrestre em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, e que se tornou num refúgio para 1,5 milhões de palestinianos, Blinken afirmou que a prioridade de Washington é chegar a um acordo entre as partes.

“Esta é a melhor e mais eficaz forma de aliviar o sofrimento e também de criar um ambiente no qual possamos esperar avançar para algo que seja verdadeiramente sustentável e que traga paz duradoura às pessoas que dela necessitam desesperadamente”, sustentou.

Nas suas declarações, o chefe da diplomacia norte-americana anunciou que uma primeira caravana de ajuda humanitária da Jordânia partiria hoje em direção à Faixa de Gaza, através do ponto de passagem de Erez, que foi reaberto por Israel.

“Estamos a ver uma ligação direta entre a Jordânia e o norte de Gaza, via Erez. Os primeiros carregamentos partem hoje”, disse Blinken aos jornalistas, assinalando que “este é um progresso real e importante, mas ainda há muito a fazer”.

O conflito entre Israel e o Hamas já resultou em mais de 34 mil pessoas mortas, na maioria civis, na Faixa de Gaza, segundo as autoridades do pequeno enclave palestiniano, controlado pelo grupo islamita desde 2007.

A ofensiva israelita é uma retaliação pelo ataque do movimento islamita palestiniano, que em 07 de outubro matou em Israel mais de 1.100 pessoas e fez cerca de 250 reféns.

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