“Esta campanha deve servir, e é importante que ela sirva, para que cada partido se possa afirmar relativamente às suas ideias sobre a Europa e o Bloco de Esquerda quer fazer desta campanha uma campanha sobre os temas que dizem respeito às pessoas”, afirmou Mariana Mortágua.

A líder do BE falava aos jornalistas momentos antes da entrega da lista de candidatos do BE ao Parlamento Europeu, no Tribunal Constitucional, em Lisboa.

“Quando nós falamos sobre Estado social, quando falamos sobre guerra e sobre paz, quando falamos sobre alterações climáticas, quando falamos sobre política industrial, sobre crescimento económico, sobre salários, nós estamos a falar sobre decisões que estão a ser tomadas na Europa todos os dias. Todos os dias em Bruxelas são tomadas decisões que nos afetam a todas e a todos a cada momento das nossas vidas”, assinalou.

Mariana Mortágua considerou ser “preciso que as pessoas em Portugal também saibam quando vão votar é que estão a votar nos candidatos que as defendem todos os dias nessas decisões”.

“Que a campanha europeia seja uma campanha sobre como a Europa nos afeta e como nós podemos defender uma Europa de paz, de solidariedade e de comunidade. Será esse esforço e o compromisso do BE nestas eleições”, indicou.

Referindo-se à cabeça de lista, Catarina Martins, Mariana Mortágua defendeu que o seu partido apresenta “a candidata mais competente, mais capaz de disputar estas eleições” e também “a melhor lista”, composta por “gente independente, que conhece as suas causas e que se quis juntar e aliar ao Bloco neste grande desafio”.

“Um grupo de gente que de facto não desiste desta ideia de que a Europa pode ser um projeto solidário, um projeto de comunidade, um projeto que nos ajuda a cada uma e cada um a vivermos melhor e isso quer dizer Estado social, quer dizer paz, quer dizer combate às alterações climáticas”, referiu.

A líder bloquista indicou também que “o BE não defende a saída do euro” e considerou que este é um debate extemporâneo, sendo necessário responder aos “enormes desafios” que a Europa enfrenta, que “vão das alterações climáticas à guerra, à necessidade de responder pelo Estado social”.

“Certamente que há regras do euro que têm de ser alteradas para permitir investimento público, para permitir uma transformação ecológica, para permitir Estado social, investimento no SNS. Esse é o debate que nós queremos fazer, queremos fazer o debate sobre as regras do Banco Central Europeu que castigam as pessoas na prestação do crédito à habitação, esse é o debate que queremos fazer, porque é o debate que interessa à vida das pessoas todos os dias”, afirmou.

Também em declarações aos jornalistas, a cabeça de lista do BE, Catarina Martins, salientou que “na Europa se está a decidir muito do que é o futuro coletivo”.

“Há quem tenha desistido de qualquer projeto coletivo, há quem tenha desistido do Estado social, de uma ideia de comunidade, do que pode construir uma democracia forte e com direitos para todas as pessoas. Nós, no BE, não desistimos dessa ideia”, apontou.

A ex-coordenadora bloquista considerou que as europeias de 09 de junho serão “uma disputa por democracia, por Estado social, por responder aos grandes desafios” da atualidade.

Sobre o resultado que o partido espera conseguir nestas eleições europeias, Catarina Martins disse esperar “o melhor resultado possível” e se o partido aumentar a sua representação no Parlamento Europeu, “melhor ainda”.

Nas últimas eleições europeias, em 2019, o BE conseguiu eleger dois eurodeputados, Marisa Matias e José Gusmão. Este ano, a cabeça de lista é a antiga líder Catarina Martins e o número dois volta a ser José Gusmão.

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