“Eu estou moderadamente otimista, diria mais, até realista e perspetivo que se inicie um período de redução das taxas de juro”, o que, “obviamente, tem implicações na taxa de margem financeira”, afirmou à agência Lusa o presidente executivo (CEO) do BCP, Miguel Maya, à margem da feira agropecuária Ovibeja, que decorre até domingo, em Beja.

Segundo o CEO do Millennium BCP, também os depósitos “hoje têm já um nível de remuneração diferente do passado”, pelo que, “vai tender a haver alguma compressão ao nível da margem financeira”.

Na quinta-feira, numa chamada telefónica com analistas, o presidente executivo do Novo Banco, Mark Bourke, admitiu que o banco está a atravessar um pico na margem financeira, em particular no campo da taxa da margem financeira, que diz respeito à relação entre a margem financeira e saldo médio do total dos ativos geradores de juros.

Questionado hoje pela Lusa acerca deste assunto, o líder do Millennium BCP recordou que já tinha referido essa tendência no “final do terceiro trimestre do ano passado”, aquando da apresentação de resultados.

Mas o BCP vai “contrariar” esta situação, argumentou o CEO, justificando que é, precisamente, por essa razão que o banco está presente na Ovibeja, porque pretende “estar mais perto dos clientes” e quer “fazer mais negócio”.

Para, assim, “compensar o decréscimo da taxa de margem com o aumento da margem por via de maior relação com os nossos clientes”, frisou.

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