Os bancos vão estar a obrigados a partir de 20 de maio a disponibilizar aos seus clientes a identificação do beneficiário para quem façam transferências através da APP, homebanking ou do balcão, tal como acontece quando no Multibanco (ATM) se faz uma transferência e antes de a finalizarmos aparece o nome completo do beneficiário da mesma.

A partir de 24 de junho vão ainda avançar com a possibilidade dos clientes fazerem transferências através do telemóvel desde que este esteja associado a uma conta bancária, à semelhança do que acontece com o MBWay que está associado a um cartão.

Facilitar e tornar mais transparente, ao mesmo tempo que mitiga a fraude, é o objetivo da nova ferramenta que avança a 20 de maio, que será lançada como já havia anunciado o administrador com o pelouro dos paramentos Hélder Rosalino.

Esta é uma funcionalidade que o Banco de Portugal considera essencial para evitar fraudes e erros quando se fazem transferências.

Ou seja, os bancos terão de ter disponível para dar a confirmação do beneficiário a quem o cliente está a enviar dinheiro, antes que dê o “ok” final.

Um primeiro passo para evitar fraudes, mas também para facilitar a vida ao cliente e evitar situações como sejam as das mensagens enviadas em nome dos filhos para os pais enviarem dinheiro por um determinado canal bancário.

Esta funcionalidade vai permitir aos utilizadores do canal homebanking ou das APP do banco e até ao balcão verificar que o beneficiário da transferência de crédito é mesmo o titular da conta para a qual se quer enviar o dinheiro.

O Banco de Portugal sublinha, esta quinta-feira quando divulgou o relatório dos Sistemas de Pagamentos relativo ao ano de 2023, que “esta funcionalidade irá contribuir de forma muito relevante para minimizar a possibilidade de envio de fundos para destinatários errados e combater situações de fraude”.

Esta funcionalidade tem de ser aceite pelos utilizadores.

Associar telemóvel a uma conta

Também para facilitar a vida ao cliente bancário, o Banco de Portugal lança a partir de 24 de junho e de forma gradual, até setembro, uma funcionalidade para transferir dinheiro (a crédito ou no imediato (como acontece com o MBWay) sem que o cliente precise de ter o IBAN (PT 50…..).

E sem que o dinheiro fique em terra de ninguém, ou seja, já saiu da conta, mas ainda não chegou à outra.

O nome da ferramenta é Proxy Lookup, que será rebatizado para o tornar mais atraente, e vai permitir fazer transferências a crédito, normais e imediatas, entre contas – não entre cartões como acontece com o MBWay – “a partir do homebanking, APP que descarregou no telemóvel ou no computador, introduzindo apenas “um número de telemóvel ou se for para uma empresa, da identificação fiscal da mesma (NIPC).

Fraudes e perdas de 5 milhões de euros

Apesar dos alertas para os cuidados que os cliente bancários devem ter no uso das diversas formas de pagamento e também nas transferências, continua a haver fraudes na execução de operações de pagamento e manipulação dos mais distraídos.

Em 2023, as perdas associadas a fraude com cartões e transferências a crédito, apenas no primeiro semestre do ano, ascendeu a 5 milhões, dizem os dados do Banco de Portugal.

E muito embora estas tenham registado uma redução no primeiro semestre de 2023 face a igual período de 2022, 37,4% na fraude com cartões e 34% nas transferências de crédito, é preciso manter os alertas.

Nas operações com cartão, 73,7% das perdas foram
suportadas pelas instituições. Já nas transferências, 83,5% das perdas foram suportadas pelos utilizadores já que estes partilharam as suas credenciais de segurança ou dados pessoais, ou fizeram-no de livre vontade sem ter em conta os cuidados necessários.

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