No caderno reivindicativo, a que a Lusa teve acesso, os arquitetos exigem um salário mínimo de entrada na carreira de projetista de 1.300 euros e na de técnico especializado de 1.200 euros.

Ressalvando que no setor da arquitetura mais de 50% dos trabalhadores recebem um salário bruto mensal inferior a 1.106 euros, estes profissionais pedem o aumento dos salários com a estipulação de tabelas salariais atualizadas anualmente e ajustadas à inflação.

Adiantando que em Portugal existe uma diferença salarial discriminatória, os arquitetos querem ainda um salário igual para trabalho igual, indissociável das tabelas salariais e de critérios objetivos de progressão de carreira.

A par desta questão, os arquitetos defendem ainda a redução do horário de trabalho para as 30 horas nos dois primeiros anos após o nascimento dos filhos.

Além disso, estes profissionais pretendem que, aquando de uma gravidez, os progenitores tenham faltas justificadas para idas a consultas pré-natais.

A redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais sem perda de retribuição, a contagem do tempo de trabalho diário para controlar o trabalho suplementar e o cumprimento do limite máximo de trabalho suplementar são outras das propostas que integram o caderno reivindicativo.

A par destas, os arquitetos reclamam também 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores, alguns feriados e o subsídio de alimentação obrigatório no valor de 10 euros em remuneração ou cartão.

O SINTARQ recordou que no final do ano passado lançou um inquérito onde foi possível aferir que mais de 71% dos trabalhadores está insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu salário e que 88% acha que os aumentos salariais deveriam ter periodicidade anual na ordem dos 50 euros.

O inquérito concluiu ainda que 93% dos trabalhadores considera que a carga horária semanal deveria ser de 35 horas ou menos e 84% acha insuficiente os 22 dias de férias a que atualmente têm direito.

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