“Uma pessoa nestas condições não tem direito a um julgamento justo e equitativo, porque não se pode autodefender e explicar-se”, sustentou, a propósito da doença de Alzheimer do ex-banqueiro. A perícia médica indicou que Ricardo Salgado podia ser interrogado, mas Francisco Proença de Carvalho argumentou que o ex-banqueiro “foi convocado e não sabia ao que vinha”.
“Viemos cá para cinco minutos de burocracia”, apontou. Para o advogado, “está em causa a dignidade da justiça portuguesa”.
Ricardo Salgado está a ser julgado no caso EDP por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento de capitais, num processo em que são também arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho (corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal) e a mulher, Alexandra Pinho (branqueamento e fraude fiscal, em coautoria material com o marido).