Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, após a vitória diante do Desportivo de Chaves (3-0), em jogo da 32.ª jornada da I Liga. 

Análise: “Aquilo que quero ver na minha equipa, independentemente de objetivos que sejam impossíveis, como é o caso do campeonato… Há outros e um deles é representar este clube da melhor forma todos os dias. Estou a falar de uma grande ambição, de um grande empenho e determinação. Isso está. Entrámos no jogo algo sem brilho e sem prazer. Quando é assim, dificilmente… Falamos em estratégia, em determinação. Quando não associamos tudo aquilo que nós fazemos com prazer e paixão, fica mais difícil entender… Sou sincero. Disse aos jogadores que faltou nos primeiros 15 minutos. Acho que podemos e devemos entrar no jogo de outra forma, apesar de os jogadores terem dado o melhor no sentido de crer ganhar o jogo. Foram profissionais. Mas quando metemos a alegria e o brilho olho, as coisas tornam-se mais fáceis.” 

Equipas desmoralizadas por já não conseguir alcançarem os objetivos: “Eu estive lá dentro… Eu quando era miúdo jogava na estrada sem sapatilhas. Eu tive as primeiras sapatilhas aos 13 anos. Os jogadores tem de perceber e, pode ver pela idade deles… Eu com os meus filhos e com os meus amigos, mesmo com o meu joelho em grande dificuldade, sou competitivo e quero ganhar. Estou a falar do geral, não só no FC Porto. Parece que isto é daquelas profissões que se leva um peso para cima. É como trabalhar nas obras de manhã à noite, mas não é. Fazemos aquilo que muita gente gostava de fazer e não pode. Por não ter oportunidade ou talento. Já não temos possibilidade [de conquistar o título], mas há sempre a vontade de representar um clube como FC Porto e a paixão pelo jogo.” 

Gonçalo Sousa fez a estreia: “Por diversos motivos, com jogadores castigados e lesionados, decidimos ter o Gonçalo no banco. É mais um miúdo. Fiquei muito contente pela estreia dele. O que desejo é que seja o primeiro de muitos jogos, porque é um miúdo com muito talento. Agora é preciso associar esse talento a outras coisas fundamentais para chegar ao topo e por lá ficar. Fico contente por mais um jogo consistente do Martim. 11 jogadores na folha de jogo vieram da formação e isso deixa-me feliz. Os adeptos olham sempre para o resultado, se não ganharmos estamos sempre sujeitos aos resultados.” 

Francisco Conceição igualou registo de golos do pai: “O António Oliveira foi o grande culpado nisso, porque me metia a jogar a lateral. Se me metesse na frente, teria feito mais uns golos. É importante que a família fique ligada a este grande clube que é o FC Porto, que nos enche de orgulho. É um prazer enorme. Contente pelo Francisco, pelo Martim, pelo Gonçalo, e por todos os miúdos que aparecem, que têm talento e que são lançados e dão uma resposta positiva e ser uma mais-valia.” 

Taremi no Inter: “Como viram hoje, é um profissional fantástico. Jogou como se tivesse um contrato de 10 anos e isso é que é importante. Seria uma estupidez não utilizar um jogador por acharmos que vai para outra equipa na próxima época. Hoje o futebol é assim. Há outros clubes em que os jogadores chegam a uma certa idade e o clube mete na balança os custos da continuidade ou deixar sair. A opção da direção é esta e temos de respeitar. O Taremi tem sido um profissional fantástico. Se eu achar que ele tem importância para iniciar o hoje, vai iniciá-lo. Se eu achar que tem de ir para o banco. Se achar que tem de ficar em casa, fica em casa. É um jogador tratado como os outros, tal como outros que estiveram comigo e que estiveram na mesma situação.”

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