O espetáculo “Gaivota de abril” está marcado para as 16h00, no auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, numa iniciativa que reúne gente de todas as faixas etárias e que vai dar voz a dez canções.

“A ideia de juntar gerações passa pela passagem de testemunho dos que realmente viveram o 25 de Abril e os mais novos, incluindo os seus pais”, sublinhou, em declarações à agência Lusa, o presidente da Banda da Covilhã e diretor artístico da filarmónica, Eduardo Cavaco.

Segundo este responsável, a iniciativa resulta de um desafio lançado pela União de Freguesias da Covilhã e Canhoso para criar um evento de celebração dos 50 anos do 25 de Abril e, aos músicos da Banda, vão juntar-se elementos do coro criado para o efeito.

Além de oito músicas associadas à data, estão também a ser preparados Cantares das Beiras.

O alinhamento baseou-se numa escolha que passa por “canções de outrora”, passando pelas senhas de Abril e temas como “Somos livres”.

A maior dificuldade, dado o elevado número de participantes, de tantas idades, “tem sido conciliar os horários e disponibilidade de todos para ensaiar, mas tem sido possível e tem corrido bem”, garantiu o presidente.

Outro desafio foi “encontrar repertório que dê para todos, porque este é um concerto inclusivo e da cidade”.

O diretor artístico contou que se tem assistido a muita emoção e ao poder de a música “criar emoções, juntando gerações”.

“Até arrepia cantar a ‘Grândola’, principalmente os mais seniores. Até uma lágrima correu na face de alguns”, comentou Eduardo Cavaco.

Por outro lado, “a maioria das crianças já tinha ouvido as canções que irão interpretar, no entanto, os adultos e seniores acabam por de alguma forma ter um conhecimento diferente sobre elas e as reações têm sido bastante positivas”.

No espetáculo, ensaiado por Margarida Geraldes, no caso do coro comunitário, e a Banda da Covilhã pelo maestro Carlos Almeida, participam o solista Ruben Matos, as Adufeiras da Casa do Povo do Paul e utentes de lares.

De acordo com Eduardo Cavaco, o entusiasmo de alguns já fez participantes, sobretudo mais velhos, manifestarem a vontade de continuarem o projeto do coro comunitário criado para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos.

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