No dia 11 estreia-se ‘Astrakan 79″, filme de Catarina Mourão sobre memória, família e educação ideológica, a partir de um período da vida do ceramista Martim Santa-Rita, na adolescência, nos anos 1970 na União Soviética.

‘Astrakan 79’ remete para a cidade da antiga União Soviética e para o ano em que Martim Santa-Rita, então com 15 anos, decide partir para estudar “num país grandioso em evolução” e do qual saiu desiludido, um ano depois, com uma experiência da qual fez segredo grande parte da vida.

No filme, além dessa possível reconstituição do passado, Catarina Mourão salta para o presente, para uma conversa entre Martim Santa-Rita, hoje artista plástico, e o filho, sobre aquele período.

Catarina Mourão considera que ‘Astrakan 79’ é “a sequência natural” de um outro documentário anterior, ‘A toca do lobo’ (2015), de pendor biográfico, a partir da vida do avô, o escritor Tomaz de Figueiredo: um sobre o Estado Novo e o outro sobre “o momento eufórico do PREC [Processo Revolucionário em Curso], depois da revolução de Abril”.

A 18 de julho chega aos cinemas ‘Podia ter esperado por agosto’, uma comédia romântica realizada pelo humorista César Mourão, que também é o protagonista ao lado da atriz Júlia Palha e do ator Kevin Dias.

Na história, Xavier (César Mourão) é “um rapaz da aldeia, romântico, tímido e ingénuo nas coisas do amor, que se apaixona por Laura (Júlia Palha), neta de um vizinho, que todos os verões passa parte das férias na casa do avô”.

O elenco conta ainda com, entre outros, Manuel Cavaco, Luísa Cruz, João Reis, Carla Vasconcelos, Pedro Lacerda, António Fonseca e Dinarte Branco.

Cinco anos depois de ter sido premiado no festival IndieLisboa, estreia-se, também no dia 18, ‘A minha avó Trelototó’, de Catarina Ruivo, sobre a avó materna, que morrera, mas também “sobre as avós todas, as relações das famílias, a perda e a saudade”, como contou a autora em entrevista à Lusa em 2019.

O filme mistura imagens do arquivo familiar, mas também outras atuais: “Como já não havia corpo, a minha avó já não existia, tive esta ideia de, no fundo, filmar o vazio, de filmar o sítio onde o corpo devia estar e, de alguma forma, isso ser o corpo dela”.

A realizadora começou por filmar o quotidiano da avó, com as pessoas que a rodeavam, mas também o passado em Moçambique, a partir de uma troca de correspondência com os bisavós de Catarina Ruivo.

Catarina Ruivo, que tem atualmente em produção a longa-metragem “Como é que te aguentas”, é ainda autora de filmes como “Em segunda mão”(2012) e “André Valente” (2004).

A estes três filmes, este mês, junta-se ainda o documentário “Yupumá”, da realizadora e antropóloga mexicana Verónica Castro, coproduzido por Portugal pela Cedro Plátano.

‘Yupumá’, que se estreia a 18 de julho, foi rodado com o povo indígena Huni Kuin – Kaxinawá, da Amazónia brasileira, e segue Kawá, que se prepara “para deixar a sua aldeia nas profundezas da floresta tropical para ir à Europa pela primeira vez”, para estudar e para dar a conhecer o modo de vida do seu povo, explica a produtora.

Verónica Castro estará em Portugal para a estreia do filme, acompanhada de Kawá e da irmã dele, Bimi Huni Kuin.

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