Roger Federer está nervoso no meio da sua família e equipa, a horas de divulgar o vídeo que dita o fim de 24 anos de carreira no ténis ao mais alto nível. 41 anos, 20 títulos de Grand Slam, o anúncio aconteceu em 2022. Viriam depois as entrevistas, as fotografias, os títulos dos jornais. As horas de emissão, o rever dos melhores momentos em plataformas como o YouTube. Os livros. A sensação de vazio. Primeiro, os fãs: não há tempo para largar lágrimas. Uma carta lida com a voz sempre à beira de tremer, a despedir-se da família do ténis, a agradecer aos pais e à mulher, Mirka. Não é normal ver o suíço com roupa casual e a suspirar, sem uma fita branca na cabeça e um winner elegante prestes a sair-lhe da raquete. Nem ver este atleta como um homem de negócios, que tem uma equipa atrás dele, preocupada em saber como está e que passos irá tomar. Estamos habituados a vê-lo, de Wimbledon ao Open da Austrália, num court de ténis com um espírito quase inquebrável. Mas os joelhos e as sucessivas cirurgias obrigaram-no a parar. Fez o seu último jogo para o circuito ATP em 2021. “Roger Federer — Doze Últimos Dias”, documentário disponível na Prime Video, funciona como um tributo íntimo ao seu legado através dos dias que antecederam a Taça Laver, evento em Londres que ajudou a fundar e no qual jogou ao lado do seu eterno rival, Rafael Nadal, com quem começou a dividir courts em 2008.

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