Um dos listados é Dmitry Beloglazov e a sua empresa LLC Titul. Segundo o Conselho da UE, Beloglazov é responsável pela criação de um complexo esquema de evasão, juntamente com Oleg Deripaska, que já está sujeito a medidas restritivas da UE.
Num comunicado, o Conselho refere que a empresa LLC Titul criou uma subsidiária, Joint Stock Company Ilidais, para adquirir a participação de Oleg Deripaska na International LLC Rasperia Trading Limited.
A Rasperia detém 28,5 milhões de euros de ações de outra empresa europeia, a STRABAG SE, cujos ativos foram congelados em resultado das medidas restritivas da EU, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Através desse mecanismo, Deripaska conseguiu vender os seus ativos congelados da Rasperia. Tendo em conta este esquema de evasão, a JSC Iliadis e a Rasperia também foram sancionadas pelo Conselho.
As novas listagens anunciadas esta sexta-feira também incluem a PJSC TransContainer, a maior operadora de contentores ferroviários da Rússia, e o seu diretor-geral, Mikhail Kontserev.
As receitas da transportadora aumentaram ao longo de 2023 também graças ao fluxo de cargas bielorrussas e à participação da empresa em esquemas de comércio ilegal de armas com a Coreia no Norte, em apoio ao governo russo, segundo a UE.
Os designados esta sexta-feira estão sujeitos a um congelamento de bens e os cidadãos e as empresas da UE estão proibidos de lhes disponibilizar fundos. Os indivíduos estão ainda sujeitos a uma proibição de viajar e impedidas de entrar ou transitar pelos territórios da UE.
No total, as medidas restritivas do bloco europeu relativas a ações que comprometam ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia aplicam-se agora a mais de 2.200 indivíduos e entidades.
No início desta semana, o Conselho adotou o 14.º pacote de medidas restritivas económicas e individuais dirigidas a setores de elevado valor da economia russa, procurando dificultar que as sanções da EU sejam contornadas. Além disso, foram acrescentados 116 indivíduos e entidades à lista dos responsáveis por ações que minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia.
Nas suas conclusões da cimeira desta quinta-feira, recorda a UE, o Conselho Europeu “reafirmou o apoio contínuo da União Europeia à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e o compromisso inabalável da UE de prestar apoio político, financeiro, económico, humanitário, militar e diplomático contínuo à Ucrânia e ao seu povo durante o tempo necessário e com a intensidade necessária”.
A União Europeia “continua pronta a limitar ainda mais a capacidade da Rússia de travar uma guerra e insta todos os países a não fornecerem qualquer apoio material ou de outra natureza à guerra de agressão da Rússia”.
