O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, anunciou, esta terça-feira, as medidas do partido para combater a crise na Habitação no país, que passam, essencialmente, por colocar os imóveis do Estado ao serviço da população e baixar os impostos.
“A Iniciativa Liberal tem soluções para que possamos começar a ter habitação agora para os portugueses”, começou por referir em declarações aos jornalistas, em Lisboa, junto a um imóvel do Estado que se encontra abandonado.
“É um edifício que não está ao serviço da população, não está ocupado. Aqui podia viver gente e neste momento está ao abandono”, lamentou, frisando que “há dezenas de milhares de imóveis do Estado que não estão a ser ocupados”.
“Esta é uma possibilidade para termos mais habitação, permitindo que privados possam fazer ofertas para dinamizar e recuperar este tipo de espaços e que se comprometam, durante um período mais ou menos alargado, a colocar estes imóveis no mercado para renda acessível”, explicou.
Outras propostas da IL passam pela redução do IVA na construção, uma vez que a habitação “é um bem essencial e, por isso, não pode ser tributada como luxo”, e pela “eliminação do IMT“, um imposto que, segundo Rui Rocha, “não faz sentido nos dias de hoje”.
No arrendamento, o liberal afirmou que “é preciso que os proprietários coloquem mais habitação no mercado” e, neste sentido, considerou que é necessário que a “tributação da renda possa diminuir”.
Questionado pelos jornalistas sobre se a eliminação do IMT deveria ser para “todos” ou apenas “só para os jovens”, como defende o PSD, o líder da IL considerou que “não deve existir critérios discriminatórios”.
“Seria para todos tratando-se de habitação própria e permanente. Nós não fazemos distinção por idade. Não temos como decidir se as pessoas precisam mais ou menos em função da idade. Portanto, a nossa medida é abrangente, sempre que se trate de habitação própria e permanente”, sublinhou.
O presidente da IL visitou, esta terça-feira, um complexo abandonado de casas na freguesia da Estrela, que pertenceram ao Ministério da Administração Interna e que agora estão sob alçada da Câmara Municipal de Lisboa.
[Notícia atualizada às 17h35]
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