De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) em Miami, “os ventos máximos rondam agora os 100 km/h com rajadas mais fortes”.

Um alerta de furacão está em vigor para as ilhas de Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada, enquanto um alerta de tempestade tropical está em vigor para Martinica, Dominica e Tobago.

Um grande furacão, para o que o Beryl pode evoluir, é equivalente a um furacão de categoria 3 ou superior, com ventos até 178 km/h. Segundo os especialistas, um fenómeno deste tipo tão cedo na época dos furacões – que vai do início de junho ao fim de novembro nos Estados Unidos – seria muito raro.

Também a Météo France (serviços meteorológicos franceses) prevê que o furacão passe “sobre as Pequenas Antilhas, entre Tobago, a ilha mais a sul, e o sul da Martinica, a ilha mais a norte” entre segunda e terça-feira.

“É já muito provável que o estado do mar seja muito agitado a partir de domingo à noite e, sobretudo, durante o dia de segunda-feira”, preveem os serviços governamentais franceses na Martinica.

São esperadas ondas de até cinco metros no Canal de Santa Lúcia, ao sul da ilha francesa.

O Beryl é o segundo fenómeno tropical a ser nomeado na bacia atlântica desde o início de junho.

A Météo France previu que a época de furacões de 2024 será “uma das mais intensas de sempre”. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) também previu uma época extraordinária no final de maio, antecipando a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria três ou mais.

Estas previsões estão ligadas, nomeadamente, ao desenvolvimento esperado do fenómeno meteorológico La Niña, bem como a temperaturas muito elevadas no Oceano Atlântico, segundo a NOAA.

O fenómeno La Niña, oposto ao El-Niño, corresponde ao arrefecimento anómalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Central e Oriental formando o que vulgarmente se designa por “piscina de águas frias” nesse oceano segundo a descrição do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

O aquecimento global está a tornar os fenómenos meteorológicos extremos, como os furacões, mais frequentes e mais devastadores.

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